No futebol, o camisa 10, em regra, é jogador diferenciado, craque do time, abençoado pelos deuses do futebol; joga e faz sua equipe jogar; é, além de tudo, o grande chamariz de torcedores para o Estádio.
Nos tempos atuais, esse tipo de jogador está muito escasso, muito disputado nesse mundo globalizado, e quando está disponível no mercado, surge a questão financeira que inviabiliza, em regra, a contratação. É investimento muito caro! Mas, será que é caro mesmo?
No caso da Chapecoense, fazendo uma análise imparcial, não é difícil concluir que a diretoria não tem a mínima estratégia para negociar com camisa 10. E digo mais: a diretoria, nos últimos anos, teve na mão diversos atletas CAMISA 10 de qualidade e, por falta de estratégia, deixou escapar, todos, de graça.
Geralmente, a oportunidade de contratar um camisa 10 diferenciado, qualificado e por um valor financeiramente acessível (muito acessível) aparece quando menos se espera; é negócio de ocasião! Nessa hora, então que a diretoria deve pensar grande!
Custo de oportunidade!
Só para citar dois exemplos recentes: Cléverson e Assis.
A sorte sorriu, em dose grande (cavalar), para a Chapecoense, quando esses jogadores foram oferecidos para o Verdão do Oeste.
Qual foi a estratégia da Chapecoense quando contratou esses jogadores qualificados?
Nenhuma. Tratou a negociação como mais uma, como se estivesse negociando com um zagueiro perna de pau, fechando contrato curto de 6 (seis) meses, sem multa rescisória ou com multa irrisória.
Caramba!
No caso desses jogadores citados, o cavalo encilhado apareceu, pronto para ser montado (sorte grande!), e a diretoria desdenhou da sorte...deixou escapar, deixou passar a oportunidade em branco.
Não estou dizendo que a Chape, se tivesse um estratégia eficiente (inteligente) de contratação, teria segurado esses jogadores, mas com certeza teria, pelo menos, conseguido altas multas rescisórias, se tivesse fechado contrato por, no mínimo, 12 meses e com multa rescisória de, pelo menos, 100 vezes o salário anual. Com esse dinheiro daria, com certeza, para repor, ter na equipe, pelo menos, um camisa 10 diferenciado.
Do jeito que a diretoria da Chape tem negociado com camisa 10 diferenciado, é amadorismo puro! A diretoria tem agido de forma muito inocente!
É... torcedor da Chape, a sorte sorriu diversas vezes para a diretoria do Verdão ter e manter no plantel um camisa 10 diferenciado, mas faltou estratégia. O cavalo encilhado, pronto para montar, passou mais de uma vez, mas, como disse, as oportunidades, uma atrás de outra, foram desperdiçadas.
Isso é constrangedor!
Clube profissional que quer crescer, ser grande deve ter, desde cedo, estratégia diferenciada para ter e manter jogador diferenciado camisa 10 na equipe principal.
A diretoria da Chape ainda não acordou.
Por isso, todo ano é o mesmo problema: mendigar um camisa 10 diferenciado.
Os deuses do futebol já colocaram à disposição da diretoria diversos camisas 10 diferenciados, mas, como diz o ditado, quando a cabeça não pensa, o corpo padece! Quando a diretoria não pensa, o clube e a torcida padecem!
Diretoria pare de desperdiçar as oportunidades...
Os deuses do futebol punem!