O sonho de chegar em primeiro na fase de classificação do returno tornou-se realidade.
A Chape conseguiu 22 pontos (uma montanha de pontos) no returno, e assegurou, por conseguinte, as vantagens do Regulamento; todas para si, daqui pra frente.
O bom dessa situação, neste primeiro momento, é que ninguém tem vantagens do Regulamento a utilizar contra o Verdão.
As vantagens estão com a Chape.
Mas, aí que pode residir o grande problema: acomodação do Verdão.
Se houver apego ao Regulamento, desde o início do jogo, com o Verdão, deliberadamente, não querendo jogo, jogando para empatar, só preocupado em "matar" o tempo, jogando de salto alto, então é melhor nem entrar em campo, pois será vexame 100%.
Na minha concepção, o melhor a fazer é esquecer o Regulamento.
O Verdão deve fazer seu jogo, como sempre, como se não houvesse vantagem pelo Regulamento.
Se no final da partida, eventualmente, a peleja estiver empatada, então o Regulamento desempata a favor do Verdão.
Portanto, a Chape deve ir para o confronto, para jogar tudo que sabe, assim como fez nos dois últimos jogos, com pegada forte no sistema defensivo e, também, na meia cancha, e lá na frente fazendo gols, para "matar" o adversário.
A Chape terá dois importantes desfalques nesta semifinal contra o Joinville. Não jogam Thony e Marcos Alexandre.
Preocupação!
Para o lugar do Thony, deve entrar Diogo Roque, se o Sagaz não puder ser utilizado.
Everton Cezar deve substituir Marcos Alexandre.
Nos dois últimos jogos, contra adversários fracos, o Everton Cezar não comprometeu. Porém, contra o Joinville, ele terá que dar estabilidade ao meio campo (assim como o faz Marcos Alexandre), e terá que ser preciso na marcação, pois qualquer vacilo pode ser fatal. Ovelha deve conscientizar o atleta para não dar espaço, ser implacável na marcação.
Essa situação do Verdão treinar apenas um período por dia, também, é preocupante. É preciso manter a carga de trabalho e não afrouxar.
Por fim, como o JEC vem para o confronto tendo a obrigação de vencer, em tese pode ter vantagem, pois vem mais decidido, e mais consciente, fortalecido física e psicologicamente para a missão. Já o Verdão, que não tem obrigação de vencer, bastando o empate, pode, em tese, ir para o jogo sem o ímpeto necessário, querendo amorcegar, e aí o jogo poderá ser dramático para o Verdão.
A Chape precisa de preparação adequada para o jogo, inclusive psicológica. É preciso ter os pés no chão.
O contexto é favorável, porém o Verdão precisa fazer a sua parte; não pode falhar, não pode morrer na praia. Seria um fiasco sem tamanho, eventual, eliminação da Chape em plena Arena Condá.
Espero que o Verdão encare essa semifinal com o máximo de seriedade e dedicação, como se fosse um jogo de Copa do Mundo.
A Chape terá que jogar tudo que sabe, e esquecer o Regulamento se quiser avançar à final do returno.
Com certeza teremos, no jogo, o melhor público do ano na Arena Condá.
O torcedor vai fazer a sua parte.
Já a Chape tem obrigação de fazer a sua parte.
Boa sorte Verdão!
Nelson, acompanho sua linha editorial,muito crítico,porém sempre coerente. Isso incomoda os que veem o futebol com superficialidade. Com vc não tem sensacionalismo ou elogio barato. Bacana de sempre estar insatisfeito e exigir o melhor para o seu time, pois no futebol - isso mesmo - não pode existir acomodação, sempre existe espaço para ser melhor, para a superação. Seus posts - se lidos antes dos jogos - pelo conteúdo técnico - pelas dicas, pelos alertas - são úteis, inclusive para a comissão técnica. É muito raro uma blog, desse quilate,desse estirpe no Brasil, vindo de torcedor que, embora fanático pelo seu clube,consegue se posicionar com tanta racionalidade, servindo, inclusive, de parâmetro e de reflexão para a crônica esportiva, em geral, que, quase sempre, descamba para o sensacionalismo e para o elogio barato, como essa de apelidar jogador de "gladiador","garçom"etc, e depois o atleta, cria mascara, e pensa que é tudo isso, e cai de produção, sofrendo revés na carreira.
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