Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians |
Chapecoense 0x1 Corinthians
O atacante Paolo Guerrero marcou o gol da vitória. O gol foi irregular. O atacante ajeitou, acomodou a bola no braço, beneficiando-se da irregularidade.
Mas, não dá para justificar a derrota por aí. A zaga da Chape espirou o taco, não conseguiu tirar a bola da área, que sobrou para o atacante finalizar sem piedade.
Assim como foi contra o Coritiba, outra vez a Chape não conseguiu se impor jogando em casa, na Arena Condá.
É complicado.
Não é crítica, é constatação:
- a Chape é força física, e pouca técnica. O time não tem poder de criação no meio de campo, é ligação direta, balão, chutão, corre muito, mas não sabe o que fazer com a pelota quando está de posse da mesma. Futebol não é só força física, é jeito, inteligência. Falta jeito, e inteligência.
Régis não sabe armar o jogo e não sabe jogar sem a bola. É meia-atacante que tem como característica a condução, carrega a bola, mas nesses jogos em casa, cujos adversários se postam defensivamente, o futebol do Régis é nulo, não aparece, e a equipe fica presa na marcação, sem levar perigo à meta adversária. Do jeito que está, vai ser difícil a Chape fazer gol em casa, e muito mais difícil será vencer jogo em casa.
Hoje, o Corinthians jogou com preocupação defensiva, atrás da linha da bola, não deu o contra-ataque para a Chape; jogou no erro da Chape.
Mas pelo qual as equipes visitantes estão jogando defensivamente quando enfrentam o Verdão na Arena Condá?
O campo é pequeno, de dimensões reduzidas (105 m x 65 m), facilita a marcação. Penso, que se deveria aumentar a largura do campo em 4 metros (2 m para cada lado); é possível, sim, remarcar as dimensões do campo.
Sem o contra-ataque, a Chape é um time previsível; cria muito pouco, falta um articulador, falta qualidade pelos flancos. Além disso, não tem qualidade no comando do ataque. É uma equipe que joga na ligação direta, bola enfiada em direção ao Fabinho Alves no ataque.
No jogo de hoje, o máximo que a Chape poderia ter conseguido, seria o empate, mas perdeu, pois o treinador Dal Pozzo mexeu mal na equipe, tirou 2 jogadores que causavam preocupação para o sistema defensivo da equipe mosqueteira: Régis e Fabinho Alves. A saída desses jogadores a partir da metade do 2° tempo, matou a Chapecoense. Tiago Luís e Bergson entraram mal, e o Coringão definiu o jogo. Ah, em cima da hora, no finalzinho, o volante Ricardo Conceição da Chape perdeu gol feito, faltou qualidade, jeito, inteligência!
Chega de Bergson (tecnicamente não tem condições), e dá um ultimato para o Tiago Luís (ou entra em forma, joga futebol, ou afasta o cara do grupo).
É necessário contratar um meia-armador de qualidade e um atacante de área finalizador.
Com esses 3 jogos (2 derrotas e 1 empate), não preciso nem dizer, Verdão está no Z4.
Agora, a esperança é fazer o dever de casa no próximo jogo, que também será em casa na Arena Condá, contra o Grêmio, no próximo domingo.
Avante Verdão!
Obs: O jogo marcou a inauguração das Alas Leste/Nordeste da Arena Condá.
Ficha Técnica do Jogo:
Local: Arena Condá, em Chapecó (SC)
Data-hora: 04/05/2014Árbitro: Wagner Reway (MT)
Auxiliares: Joadir Leite Pimenta (MT) e Fabio Rodrigo Rubinho (MT)
Público-Renda: 15.512 pagantes – R$ 417.960,00
Cartões amarelos: André Paulino e Neuton (Chapecoense) Guilherme, Romarinho, Fagner (Corinthians)
GOL: Guerrero (32′/2ºT)
Técnico: Gilmar Dal Pozzo.
Técnico: Mano Menezes.
CHAPECOENSE: Danilo; Ednei, Rafael Lima, André Paulino (Alemão – 39′/2°T), Neuton; Wanderson, Diones, Ricardo Conceição; Regis (Tiago Luis – 22′/2°T), Leandro e Fabinho Alves (Bergson- 28′/2°T).
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Cleber, Gil e Fábio Santos; Ralf, Guilherme (Bruno Henrique – 22′/2°T), Petros e Jadson (Danilo – 42′/2°T); Romarinho (Luciano – 37′/2°T)e Guerrero.
Mas isso todo mundo sabe, menos a Diretoria, que a chapecoense precisa de meias armadores e atacante matador. Já cansamos de falar aqui no blog e citar inclusive nomes de jogadores para essas posições, mas a diretoria é teimosa, acha que o que aconteceu ano passado (montamos um time para tentar se manter na série B, que acabou encaixando e surpeendendo, subindo para a série A), vai acontecer novamente nesse ano onde a diretoria montou um bom time pra série B, mas a série A é outra coisa bem diferente, na série A tem jogadores de nível de seleção brasileira e se não montar um ótimo time, cai.
ResponderExcluirNelson, é verdade, bem observado, o campo da Arena Condá é estreito, só 65 metros, é largura mínima exigida pela FIFA, mas está provado que com essa largura mínima o jogo fica feio, trancado, não há espaço, a preparação física evoluiu, corre-se mais, preenche-se mais os espaços em campo, por isso a maioria dos campos de estádios pelo mundo, a largura do campo é 75 metros, aí há espaço para trabalhar a bola em velocidade e na habilidade. Se deslocar as traves em direção à ala oeste, acredito que, como vc disse, seja possível alargar o campo em 2 metros para cada lado, por grama existe e espaço disponível enfrente das casas-matas. Aquela faixa de grama sobrando em frente das casas-mata é grande, não é?
ResponderExcluirO campo de jogo mede 105 x 68, pelo menos isso foi dito pelo diretor da empresa Prumo que fez o gramado.
ResponderExcluirAgora se ele se enganou , nao sei.
Seria importante o blogueiro entrar em contato com a Chape para verificar qual é a medida do gramado.
A gente agradece.