quarta-feira, 10 de novembro de 2010

NÃO SE GANHA TÍTULO COM JOGADORES CABEÇAS DE BAGRES

O Campeonato Brasileiro das séries A e B está na reta final.

Entretanto, para a imensa maioria dos clubes brasileiros a temporada 2010 já acabou, há muito tempo, inclusive para aqueles que participaram das séries C e D.

Para o Verdão do Oeste a temporada 2010 acabou no dia 16 de outubro, naquele sábado fatídico, quando empatou em 0x0 com o Ituiutaba, no Estádio da Fazendinha.

De lá pra cá, praticamente um mês sem futebol pelos lados do Verdão do Oeste.

O momento é de definições.

Consta que Cadu Gaúcho, diretor de futebol, e Mauro Ovelha, treinador, estão empenhados, em reuniões sucessivas, na definição do elenco da Chapecoense para 2011.

Alguns atletas do atual plantel serão aproveitados,  e os demais - imensa maioria - serão dispensados. Há necessidade de contratações para reposição das posiçoes carentes.

A hora é agora.

A responsabilidade é muito grande.

Não se pode errar.

É preciso ter na mente que o Verdão, para apagar a péssima campanha  no Catarinense 2010, precisa formar um elenco forte, competitivo, e acima de qualquer suspeita.

As cobranças em 2011 serão absurdamente maiores, não só pelo torcedor do Verdão, mas pelo público catarinense.

Errar  uma temporada é admissível, tudo bem! Mas errar dois anos seguidos não tem desculpa!

Por isso, é preciso chamar atenção para a imensa responsabilidade deste momento em que se está formando, formatando, o novo elenco da Chape para 2011.

Para se formar uma equipe vencedora, além da parte física, tática e psicológica, é preciso dar relevância à questão técnica. Não se conquista títulos com jogadores ou atletas cabeças de bagres.

Verdão em 2010 foi terrível. Segundo semestre foi menos pior, mas teve um problema: jogadores com idade avançada. Time com média de idade muito alta, pouca mobilidade e nada de velocidade.

Na minha concepção, a Chape deve buscar atletas jovens, rápidos, lépidos,  velozes, com habilidade, criativos, que tenham domínio de bola, e que tenham o recurso desconcertante do drible fácil, em alta velocidade, em sentido vertical, em direção ao gol, em todas as posições, independemente de ser zagueiro, ala, volante, meia ou atacante.

A Chapecoense precisa de atletas ousados, dribladores, que saibam improvisar, criar espaços, com grande domínio de bola em alta velocidade para abrir a defesa adversária, e deixar os companheiros livres na cara do gol.

E preciso mesclar expreriência com juventude.

Em relação ao elenco atual, entendo que, além dos pratas da casa, devem ser mantidos os meias Fábio Nunes e Silvinho que serão muito úteis; foram mal aproveitados pelo último treinador. Claro, devem ser contratados dois meias titulares.  A meia cancha é o onde se ganha jogo. Logo, é preciso ter, pelo menos, 4 ou 5 meias no plantel para dar opçoes táticas.

O resto deve ser dispensado ou  liberado por empréstimo a outros clubes.

Gustavo Papa não tem condições de jogar na Chape; deve ser dispensado imediatamente.

Ainda, penso que se deveria dar nova oportunidade a Bruno Cazarine. Cazarine, mais humilde do que nunca, com certeza vai aceitar voltar pelo salário médio da Chape.

Em relação às contratações (reposições), é preciso evitar o que aconteceu o ano passado.

Sabe-se que em face do grande número de clubes que participam dos campeonatos regionais, a oferta de  jogadores bons - daqui para frente - será muito escassa, e piora em dezembro.

A hora de contratrar é agora; depois - no desespero - a coisa só degringola.

O preparador físico do Ovelha na série D o ano passado e no Catarinense em 2010, tecnicamente, não foi bem na Chapecoense. Então, para o bem do Verdão, não se deve nem cogitar o seu retorno.

Por fim, espero que Cadu Gaúcho e Mauro Ovelha saibam o que estão fazendo, pois logo, muito logo, vamos ficar sabendo se tomaram ou não as melhores decisões.  O Catarinense 2011 vai ser pedreira, vai exigir muito do Verdão do Oeste.  Não vai ter justificativa para eventual novo fracasso.

Então, todo cuidado é pouco.

Boa sorte!

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