segunda-feira, 28 de março de 2011

JOGANDO NA DEFESA, VERDÃO PERDE O JOGO

Jogar contra o Figueirense, em Florianópolis, em qualquer circunstância, não é fácil.

Mas, ontem, o Figueirense estava muito vulnerável. Time desfalcado, destroçado, para não dizer capenga. Treinador Jorginho contestado. A torcida achando que o Jorginho pode ser tudo, menos treinador. Clima de muita desconfiança no Scarpelli para o jogo de ontem.

Figueirense sem confiança, muito para baixo. Torcida contida, pagando para ver.

Clima todo favorável para a Chapecoense. A grande líder!

Era o dia para a Chapecoense, que não tem nada ver com esses problemas, se impor e exercer o seu papel de líder, e mandar o Figueirense para a UTI.

Pois é. Não foi isso que aconteceu. Pelo contrário. Verdão decepcionou, mostrou e demonstrou que está na liderança sem convicção, e que vive a síndrome do coitadismo. Mesmo vivendo o seu melhor momento na competição e na tabela de classificação, a Chape revelou para todo o Estado que não é a grande líder; faltou se impor; é uma equipe sem confiança.

Perder para o Figueirense, em condições normais, não é demérito algum, mas ontem foi humilhante para o Verdão.

Neste blog nunca fiz sensacionalismo barato.

Quem conhece futebol, sabe que é preciso sempre ter os pés no chão, senão a maionese desanda!

Mesmo sendo torcedor fanático pelo Verdão, quase sempre consigo ver os fatos como eles acontecem, pois consigo separar a emoção da razão.

Antes que venham os desavisados, os pueris, os ingênuos, alegar que os cornetas estão de plantão.

Isso aqui não é cornetagem, não!

É depoimento sério de  torcedor que vê os fatos por inteiro; que faz a leitura dos fatos assim como deve ser. Doa a quem doer.

Nesse contexto, o treinador Ovelha, em detrimento da Chapecoense, ontem resolveu colaborar com o adversário, e acabar a crise no Figueirense, reabilitando o alvinegro do Estreito.

Depois de um primeiro tempo bom da Chapecoense, embora o esquema defensivo tivesse deixado o Aloísio muito sozinho, isolado, lá na frente.

Na segunda etapa, a partir dos 30 minutos a Chape parou de jogar, e recuou de vez.

No Figueirense, Jorginho tirou o meia Braitner, e colocou o Fernandes. Na Chapecoense, imediatamente, Ovelha tirou Cleverson, de grande movimentação e participação no jogo, para colocar o Neném que entrou, mas alguém viu o Neném fazer alguma coisa no jogo?

Fernandes, mesmo fora de forma, 30 dias parado, deu novo alento e confiança ao Figueirense que passou, de vez, a pressionar o Verdão.

E a Chape que não estava a fim de jogo, recuou vergonhosamente. Parecia time de várzea. O jogo ficou meia linha.

Aos 34 minutos, num erro do bandeirinha, o Figueirense teve um gol mal anulado, pois o volante Ygor - que fez o gol - não estava impedido, não estava em impedimento, progrediu de trás.

Pensei - comigo mesmo - depois desse susto - dessa ajuda involuntária da arbitragem - o Ovelha deve acordar e mandar o Verdão sair da cozinha, sair dessa retranca maluca. Esperança em vão!

O Ovelha conseguiu ser ainda pior, conseguiu se superar para pior, tirou o atacante Neílson, e colocou no time o Everton Cezar que só costuma andar em campo. Essa foi de gelar a espinha. Pensei - comigo mesmo - agora estamos perdidos, o Ovelha está querendo perder o jogo. Não deu outra!

O Ovelha chamou o Figueirense para cima e o Verdão, pior ainda, ficou sem contra-ataque.

Foram dez minutos que o sistema defensivo do Verdão não conseguia ganhar uma segunda bola. Até que aos 44 minutos, o Figueirense conseguiu - merecidamente - a virada no placar com Fernan10. Figueira 2x1.

Tristeza.

Esse é o triste fim de um jogo que prometia, mas que o Líder da competição se acovardou, e jogou com a síndrome do cachorro vira-lata.

Como a Chape quer ser grande, como a Chape vai ser grande, pensando tão pequeno?

É por isso que o treinador Ovelha não evolui na carreira, pois na hora que é testado, ele faz isso que fez ontem.

Apesar de tudo, o Verdão depende somente de si para chegar em primeiro nessa fase de classificação, mas terá que vencer o Marinheiro no proxímo domingo, na Arena Condá e buscar, pelo menos, 2 pontos  nos dois últimos jogos, que serão fora de casa.

Boa sorte Verdão!

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