terça-feira, 27 de março de 2012

FALTA PRUDÊNCIA!

Chapecó é um Município que, geograficamente, fica longe de Florianópolis, no outro extremo do Estado barriga verde.

Apesar da pujança econômica, política e social de Chapecó, carinhosamente conhecida como Capital do Oeste, é inegável o isolamente que sofre a Chapecoense no cenário catarinense, em face dessa grande distância geográfica em relação à Capital dos Catarinenses.

Esse isolamento geográfico da Chape é visível, notório, chegando a ser dramático, na medida que os demais clubes que disputam o Campeonato Catariense da 1ª divisão estão situados na região litorânea, ou muito próximos do litoral.

De modo que, em regra, instala-se um contexto desfavorável, nefasto para a Chapecoense, pois há uma bi-polarização de interesses: de um lado, todos os clubes são contra a Chapecoense e, de outro lado, resta a Chapecoense contra todos!

É esse contexto que vive a Chapecoense, ano após ano.

Além disso, no litoral catarinense, particularmente em Florianópolis, tem-se a mais curiosa imprensa esportiva do Brasil e do mundo!

Trata-se de uma crônica esportiva bairrista ao extremo. Para ela, não existem outros clubes competitivos em Santa Catarina, além do Figueirense e do Avaí.

Por tudo isso, é uma crônica naturalmente parcial, passional e injusta com os demais clubes catarinenses.

Prova disso, é a imensa rejeição que os clubes da capital têm no interior do Estado.

Na verdade, os catarinenses, que não vivem na Capital, têm aversão extrema, completa, ao Figueirense e Avaí, em face desse bairrismo idiota, que divide os catarinenses no futebol, entre Capital e Interior.

Os clubes da Capital de Santa Catarina, diversamente dos clubes da Capital dos Gaúchos, jamais serão estadualizados, em face dessa crônica bairrista.

Até houve a tentativa de um meio de comunicação, que não conhece Santa Catarina, de estadualizar os clubes da Capital, mas voltou atrás, quando percebeu a gafe. 

Se essa crônica esportiva da Capital já é feroz com os outros clubes litorâneos (que não são da Capital), pense, então, na Chapecoense, situada lá no outro extremo do Estado.

Pois é.

Para essa crônica da Capital, tudo que a Chape faz de bom, inovador, não tem repecussão (desdenha), mas, se algo acontecer de errado com a Chapecoense, toma dimensão estratosférica, pois repercute fatos contra a Chapecoense, a seu bel-prazer.

Neste ponto, quero abordar o jogo do Figueirense x Chapecoense, no domingo passado no Scarpelli.

Não são novidades, particularmente neste Catarinense 2012, os erros de arbitragem contra a Chapecoense.

Para afastar a Chapecoense do título do turno, até gol de mão (soco na bola) foi validado em favor do Atlético de Ibirama para prejudicar o Verdão do Oeste. Com isso, o Figueirense venceu o turno.

No returno, novamente a Chapecoense vem sendo prejudicada, de forma escancarada, pela arbitragem.

No jogo contra o Figueirense no Scarpelli, quando o juiz da partida assinalou um pênalti inexistente, convertido em gol, e ainda expulsou o jogador da Chapecoense, INTERFERIU, de forma direta, no resultado do jogo, dando a vitória para o Figueirense, sem a menor cerimônia.

Isso é escândalo extremo (muito grave!), porém a crônica da Capital não repercutiu adequadamente esse fato.  Silenciou!

Mas, por outro lado, a crônica esportiva da Capital passou a "tratorar" a Chapecoense, pois, nesse jogo com o Figueirense, houve uma fatalidade, quando o atacante Heber quebrou a perna, numa disputa de bola com o zagueiro Sousa da Chapecoense.

Lance normal de jogo!

Até admito que houve excesso de vontade no lance, uma força desproporcional, mas o zagueiro foi literalmente na bola, não houve intenção de lesionar, não merecendo reprimenda, sequer falta houve e, por conseguinte, não foi consignada.

Repito: houve, no lance, tão somente uma fatalidade!

As imagens de televisão comprovam isso sobejamente.

Mas, essa crônica da Capital, naturalmente indisposta com a Chapecoense, passou exigir, de forma veemente e contínua, a punição, ex-offício, do jogador da Chapecoense pelo TJD/SC.

Como esse órgão desportivo está sediado na Capital do Estado, longe do Oeste Catarinense, foi sensível ... ao extremismo da crônica da Capital, e acabou de suspender, preventivamente, o zagueiro Sousa de suas atividades, causando injustiça contra o atleta,  prejudicando, além de tudo, a Chapecoense que não poderá utilizá-lo.

Nessa hora, é preciso discernimento e prudência!

Há uma campanha deliberada da crônica da Capital para ver o Figueirense Campeão Catarinense, este ano. Porém, a coisa está muito escancarada, tomando rumo perigoso...

Olho vivo na crônica da Capital, na arbitragem e no tribunal.

Exige-se serenidade, discernimento e prudência!

Um comentário:

  1. Castiel "boca grande" colocou o Oeste Catarinense contra ele.

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