Austeridade e capitalização
Quem me conhece sabe, e quem me acompanha no Blog sabe, também, que primo pela retidão, pela competência, pela eficiência e pela eficácia.
Para o sucesso econômico-financeiro, pessoal ou das empresas e instituições, é preciso ter disciplina financeira. É necessário empreendedorismo, maximizar as receitas, austeridade nos gastos e capitalização.
Pois é.
Os Clubes de Futebol são obrigados a publicar, anualmente, o Balanço Financeiro do último período, até 30 abril.
No caso, a Chapecoense publicou o seu Balanço Financeiro-Patrimonial de 2018.
Vou, então, resumir o que aconteceu financeiramente com a Chape em 2018.
DÉFICIT
A Chapecoense em 2018, depois de muitos anos tendo superávit, apresentou prejuízo de R$ 23.709.294,00. Ou seja, passivo a descoberto de R$ 23,7 milhões.
Mas o que impactou a Chape em 2018?
Veja.
Houve desequilíbrio entre gastos e receitas.
a) receitas cresceram 20% de 2016 a 2018, comparando os Balanços Financeiros desses anos citados;
b) os gastos com pessoal, por sua vez, aumentaram, de forma cavalar: em 2016 totalizavam R$ 28,18 milhões e saltaram em 2018 para R$ 55,96 milhões. Vale dizer, os gastos aumentaram 100% e as receitas cresceram apenas 20% no período.
Quem me acompanha nas mídeas sociais sabe que tenho dito, sistematicamente, desde o início (1º mandato e ele já esta no 2º mandato), que o presidente da Chapecoense, em vez de comprar "brigas" para aumentar as receitas da Chape, ele fez o contrário: só aumentou as despesas!
Presidente da Chape não é empreendedor, não maximiza as receitas, não capitaliza o Clube, e não tem controle sobre as despesas. Ora, isso é perdulário!
Veja o absurdo.
Em face do acidente de novembro/2016 a marca Chape ficou conhecida no mundo.
Involuntariamente a marca ficou valorizada!
Nenhuma campanha de marketing faria a Chape ficar conhecida mundialmente, de uma hora para outra, mas o acidente fez isso, queiram ou não!
Imenso custo! Muitas vidas foram perdidas!
Porém, direção da Chape não soube lutar por receitas, expandir suas receitas, capitalizar o Clube, inserir o Clube, mundialmente, de forma sustentável!
Clube está patinando financeiramente, infelizmente.
Ficaram os custos.
O passivo judicial.
Conforme consta do Balanço Financeiro 2018, foram propostas 63 ações judiciais contra a Chape, até o ano passado, em face do acidente aéreo, das quais 20 ações já foram negociadas, feitos acordos, dívidas parceladas em até cinco anos e há, ainda, 43 ações em curso, sem acordo. (Obs: Vide atualização abaixo).
Nesse contexto, Chape escolheu um presidente, e ainda o reelegeu para mais um período de dois anos, o qual - desde o início - já se sabia que não saberia lutar, maximizar as receitas, que as despesas seriam problema grave.
Para que servem os Conselheiros da Chape?
Tiveram a Chance de mudar em dezembro do ano passado, preferiram seguir, privilegiar quem só sabe gerar déficit.
É lamentável tudo isso, Chape tem torcedores em todos os lugares do Brasil e do mundo, ávidos pelo crescimento sustentável e sustentado do Clube, mas falta direção à altura desses desafios.
Falta visão!
Como simbolo do desespero administrativo-financeiro, direção trouxe, recentemente, o Brunoro na tentativa de dar um choque de gestão no Clube.
Esperamos que consiga sanear o Clube e que Chape tenha vida longa, permanente na elite do futebol nacional e oxalá mundial.
Avante Chape!
Obs: Atualização:
Após a publicação desta matéria (post), a Chape anunciou acordos efetuados em 2019, até esta data 09/05/2019, para pagamento parcelado em 10 anos.
De modo que - até agora - Chape assumiu passivo com as famílias - por conta do acidente 2016 - no montante de R$ 33 milhões. São 30 acordos: 16 acordos em ações judiciais trabalhistas e 14 extrajudiciais. Ainda há em tramitação na justiça 30 ações trabalhistas e 14 ações cíveis. Somatório do nº dessas demandas é 74 (supera o nº de vítimas fatais 71), é que algumas famílias ingressaram com duas ações com mesmo objeto e foram reunidas as demandas.
Após a publicação desta matéria (post), a Chape anunciou acordos efetuados em 2019, até esta data 09/05/2019, para pagamento parcelado em 10 anos.
De modo que - até agora - Chape assumiu passivo com as famílias - por conta do acidente 2016 - no montante de R$ 33 milhões. São 30 acordos: 16 acordos em ações judiciais trabalhistas e 14 extrajudiciais. Ainda há em tramitação na justiça 30 ações trabalhistas e 14 ações cíveis. Somatório do nº dessas demandas é 74 (supera o nº de vítimas fatais 71), é que algumas famílias ingressaram com duas ações com mesmo objeto e foram reunidas as demandas.