sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Depois de 10 dias sem Brasileirão Série A, parada datas FIFA, Chapecoense voltou a campo, mostrou garra, mas falhas, erros, equipe desequilibrada em campo decretaram a derrota para o Botafogo

É uma pena essa derrota da Chape para o Botafogo, pelas circunstâncias como ocorreu.

O Botafogo, todo mundo sabe, é uma equipe limitada tecnicamente e, ainda, estava com vários desfalques importantes, mas o diferencial da Estrela Solitária, desde que Jair Ventura assumiu o time, é o nível de competitividade, de entrega, dedicação, raça, futebol força, dos jogadores, aliado, claro, à inteligência do treinador que sabe extrair o máximo de cada atleta, dentro do sistema de jogo que emprega, utiliza.

Das equipes da Série A, o Botafogo, com certeza, nos 2 últimos anos, é surpreendente, tem relação custo x benefício do seu plantel acima da expectativa. É esforço gigante de sua direção que atua com parcimônia, ciente de que não há mais margem para erros. É recuperação gradual do Clube, na luta pela sobrevivência depois de administrações malogradas (ainda tem dívidas, passivo cavalar, mas do pouco que investe no futebol, o retorno é surpreendente, nesses 2 últimos anos).

O tempo dirá, se esses pontos perdidos no Nilton Santos, serão ou não decisivos no final da competição.

Terminada a rodada, menos mal, Chape não fez sua parte, mas as outras equipes que lutam contra o descenso, também, foram mal, exceto o Sport Recife que venceu fora de casa o Vitória baiano, e deu um salto para cima na tabela, ultrapassando a Chape que caiu para 13º lugar.

Mas, falando do jogo, em si, o mínimo que se poder dizer, é que a Chapecoense perdeu para si mesma.

Foram tantos erros da comissão técnica da Chapecoense que não poderia ser outro o resultado que não fosse a derrota. 

O medo de perder, tira a vontade de ganhar. E quem joga para empatar, invariavelmente perde. E uma agravante: Chape não tinha contra-ataque. Então, deu a lógica.

Os deuses do futebol são bons com a Chapecoense, até coniventes. Mas, quando o desleixo tático e a formação, escalação, comprometem demais, nem eles toleram tanta barbaridade!

Avisei isso no post anterior, e fui muito enfático, direto, que se o ataque fosse formado por W. Paulista e T. de Mello a Chapecoense perderia o jogo, pelo desequilíbrio ofensivo e defensivo da equipe.

E a derrota realmente aconteceu por desequilíbrio ofensivo e defensivo.

No primeiro tempo, a Chapecoense não existiu ofensivamente, não ofereceu perigo algum à defesa do Botafogo. O 1º e único escanteio da Chape, na etapa inicial, só aconteceu aos 32 minutos. Jogo lento, pobre tecnicamente. 

No 2º tempo (primeira parte), os deuses do futebol até deram uma mão para Chapecoense quando o improvável, o imponderável, aconteceu: T. de Mello levou vantagem sobre a defesa, na grande área, matou bola no peito e cruzou pelo alto no 2º pau, e Apodi livre, de cabeça, completou para as redes, abrindo o placar. Botafogo 0x1 Chapecoense. Nesse lance houve 2 milagres, Túlio se mexeu, deu assistência fenomenal e Apodi que, há muitos anos, não fazia gol de cabeça, em partida oficial, fez o dele.

Se eu fosse repórter teria indagado o Apodi, quando foi que ele fez o último gol de cabeça, se isso realmente aconteceu alguma vez na sua vida antes?

Mas, se a Chapecoense fez gol raro, espirita no início do 2º tempo, o treinador interino da Chapecoense continuou displicente, dormindo ou equivocado.

Era óbvio que a Chapecoense não estava jogando futebol, para estar na frente do placar, pois só se defendia e com muito sofrimento pois T. de Mello não marcava ninguém, e não tinha contra-ataque armado. Apodi avançava esporadicamente pela direita mas sem inteligência. Ainda quero ver o Apodi dar uma assistência no ataque, é esperar muito?

Depois do gol da Chapecoense, para dar consistência defensiva e ofensiva, duas mudanças teriam que ser feitas, imediatamente: tirar Túlio de Melo, e colocar Penilla para matar o jogo no contra-ataque, e tirar Alan Ruschel e colocar Luiz Antônio para reforçar a marcação e melhorar saída de bola, ajudar Canteros e aliviar o sofrimento, o excesso de esforço do Moisés Ribeiro que estava sobrecarregado, pois Túlio desequilibrava o time defensiva e ofensivamente.

Mas, o que fez o interino da Chape? Omisso, nada.

Deixou o jogo correr, e a Chape tomou o gol de empate com T. de Mello em campo.

Depois disso, o Interino errou nas substituições. 

Penilla deveria ter entrado no lugar do T. de Mello e não no lugar de Alan Ruschel.  No lugar do Alan deveria ter entrado L. Antônio.

Como a substituição foi equivocada, com T. de Mello permanecendo em campo, o time continuou desequilibrado ofensiva e defensivamente.

Com isso, Moisés Ribeiro continuou sendo sacrificado na marcação, tendo que correr por dois, com cartão amarelo, se estafou e foi substituído, no final, pelo ineficiente Elicarlos. Que barbaridade!!!

Então, a virada veio naturalmente, Chapecoense morta no ataque, sem oferecer perigo, desequilibrada, só se defendendo e mal, Jair Ventura ousado fez substituições, encheu o time de atacantes na parte final e chegou à virada.

Esse jogo é para rever, muitas vezes, para anotar a infinidade de erros crassos, principalmente do interino da Chapecoense que foi medroso, sem noção.

É uma pena essa derrota, pois os jogadores da Chape em campo lutaram muito  (muita garra!), mas a equipe jogou desequilibrada defensiva e ofensivamente.

Tenho dito.

Agora, é recuperar o prejuízo e, para isso, tem que derrotar o Flamengo, não é?

Avante Verdão do Oeste!










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