domingo, 29 de outubro de 2017

COMO VI A ESTREIA DO KLEINA NA CHAPECOENSE

Todo mundo sabe que o treinador Gilson Kleina tem viés defensivo.

Estreando fora de casa no comando da Chapecoense, adivinhem, claro, armou o time defensivamente contra o Atlético Paranaense; arrancou um empate, mais sorte do que juízo.

Mas, como foi a peleja, na Arena da Baixada, em Curitiba?

Para o torcedor da Chape foi um jogo para testar o sistema cardíaco, muito sofrimento de início ao fim.

A Chapecoense correu risco sério de perder o jogo, em face da retranca.

Visivelmente a Chape foi a Curitiba para empatar. Mas, quem joga para empatar, invariavelmente, colhe derrota.

A Chape escapou da derrota, por sorte, por proteção dos deuses do futebol, e por grande atuação do goleiro Jandrei, o melhor jogador em campo.

Mas de qualquer modo, na história ficou registrado o fato de que a Chape conseguiu empatar, e somar um ponto precioso na luta contra o descenso.

Taticamente, a Chapecoense não foi bem.

Chape foi dominada, principalmente, no primeiro tempo, pois:

a) não conseguiu encaixar a marcação;

b) não conseguiu pegar a 2ª bola, perdeu praticamente todos os rebotes;

c) não tinha posse de bola;

d) as linhas estavam recuadas, e os jogadores estavam dispersos, distantes uns dos outros, faltava aproximação, dificultando o passe, a saída de bola, o toque de bola. Além disso, muitos erros de passe;

e) como disse, os jogadores tinham dificuldade extrema, não procuravam os espaços vazios, não se aproximavam, não se deslocavam para dar opção de passe seguro, para trabalhar a bola com segurança, para manter a posse de bola e articular com qualidade;

f) a zaga dava rebotes, e a 2ª bola sobrava para o adversário. O jogo foi muito sofrido para a Chapecoense.

No segundo tempo, a partir das substituições promovidas pelo Kleina o time melhorou taticamente, e equilibrou o jogo, mas nada de extraordinário.

Kleina demorou para fazer a entrada do meia João Pedro.

Para o próximo confronto ante o Sport Recife, na Arena Condá, a Chapecoense tem três desfalques, por suspensão (3º cartão amarelo): Apodi, Fabrício Bruno e Canteros.

Para o lugar do Apodi, o substituto natural deve ser o Diego Renan.

Para a vaga do Fabrício Bruno, o Grolli deve voltar ao time.

Para o lugar do Canteros, claro o meia João Pedro está pronto, merecendo a titularidade, a final é o melhor meia da Chape, e pelo qual não dizer, o melhor jogador da Chapecoense na temporada 2017, apesar de ter ficado 5 meses parado. Que o Kleina não invente colocá-lo na lateral direita, pois João Pedro não tem cacuete para atuar na lateral, é muito falho na marcação, só leva bolas nas costas. Olha o perigo do Kleina fazer m...

Se fora de casa o Kleina é retranqueiro (isso ficou nítido ontem!), no próximo jogo na Arena Condá contra o Sport Recife o treinador terá que se desdobrar e armar a Chapecoense para fazer o dever de casa, garantir os 3 pontos.

Avante Verdão!

Obs:

A desculpa do Kleina para o desequilíbrio tático da Chapecoense foi o campo da Arena da Baixada, gramado sintético, piso duro, a bola quica e corre com mais velocidade, sempre muito "viva" difícil para dominar, controlar; falta de adaptação ao gramado.



Nenhum comentário:

Postar um comentário