quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Chapecoense: os sete ajustes que Kleina terá que fazer no time

A Chapecoense é um time mal treinado, mas - em regra - os times brasileiros são mal treinados, pois os treinadores não possuem base teórica, são empíricos. Em face disso, os europeus têm preconceitos contra os treinadores brasileiros que, além de tudo, possuem dificuldade com a própria língua portuguesa e sequer falam outro idioma.

Deixando de lado esse problema, vamos direto ao que se espera do Gilson Kleina na Chapecoense.

Os principais ajustes que ele terá que fazer:

1 - Bola aérea defensiva: 

- Posicionar a zaga da Chapecoense que marca a bola e não o atacante. Ontem contra o Atlético-MG  havia 11 jogadores da Chapecoense na sua própria área para se defender na cobrança de escanteio efetuada pelo lateral Fábio Santos, a bola veio pelo alto, sem força, demorou chegar, e Fred subiu sozinho, e empatou o jogo de cabeça. Ninguém da Chape subiu com Fred?

2 - Os alas da Chapecoense:

- Apodi. Esse atleta é velocidade pura pela ala direita, porém enquanto corre, dispara com a bola, não raciocina. Então, todo lance dele dá em nada; não consegue dar uma assistência sequer. Fazer gol? Só se receber assistência de algum companheiro. Mas, é ele quem deve dar assistência, não é? Complicado. Futebol do Apodi "é muito trovejo, barulho, e pouca chuva". Além disso, suas investidas malogradas no ataque fragilizam o sistema defensivo da Chape. É preciso corrigir o mundo de erros que o Apodi comete todo jogo. Ele corre com a bola, e não consegue dar assistência, conduz demais, e erra os passes (percorre o mundo e morre na praia). Pouco produtivo.

- Reinaldo: é um ala técnico, talentoso, porém não joga sério, dispersivo, falta concentração no jogo. Muito irregular. Tem dias que ele tem mais talento para comediante do que jogador de futebol. Ele tem que se concentrar no jogo e parar de reclamar dos adversários  e do juiz.  Deixar de ser irritante. Foco. Isso lhe falta muito. Tem futebol, mas lhe falta foco!

3 - Padrão de jogo:

Com a saída do atacante Rossi e lesão do meia João Pedro, Chapecoense perdeu a condição para atuar no 4-3-3.

João Pedro está voltando, está na transição; é o melhor meia da Chape. Como lateral, posição de origem, é negação, só leva bolas nas costas.

O sistema de jogo que vai salvar a Chapecoense, mantê-la na Série A e, oxalá, beliscar uma vaga na Libertadores (G-9?)/Sul-Americana, é o 4-4-2.

É necessário treinamentos repetitivos, à exaustão, do sistema de jogo para que a assimilação pelos jogadores seja automática.

4 - Fundamento: o passe, toque de bola.

Reiterando, falta treino técnico-tático, tem q ter repetição à exaustão, automatizar.

A Chapecoense é um time não treinado, infantil, ingênuo, não tem toque de bola preciso; tem dificuldade extrema para trabalhar a bola quando sofre marcação sob pressão do adversário, marcação curta ou marcação alta. Não consegue dar 3 toques na bola, já rifa, "queima" no pé, afobação. Falta levantar a cabeça, olhar, visualizar, virar o jogo, sair da marcação, procurar companheiro melhor colocado em outro setor, evitar passe na "fogueira" no setor congestionado, para não armar o contra-ataque adversário.

5- Propor o jogo:

A Chapecoense tem dificuldade para propor o jogo, quando atua em casa.
É o pior ano da Chape no Brasileirão da Série A; não vem conseguindo fazer o dever de casa.
O aproveitamento, atuando fora dos seus domínios, é maior do que o aproveitamento na Arena Condá.
O time não consegue encontrar os espaços para chegar à meta adversária.
É necessário retomar também, portanto, a força da Arena Condá que sempre foi marcante, característico.

6 - Bola parada ofensiva:

- Nesse fundamento a Chapecoense, embora tente muito, é uma negação, não tem aproveitamento.
Quando foi, a última vez, que a Chapecoense fez gol em cobrança de falta direta, bola alçada na área e/ou em cobrança de escanteio?

7 - Time estático, não joga sem a bola:

A Chapecoense é uma equipe previsível em campo, estática, se entrega à marcação adversária, justamente pelo fato dos jogadores não se apresentarem para o jogo, sem  a bola. Os jogadores não dão opção de passe para envolver, ludibriar a equipe adversária.

Falta sincronismo, movimentação sem a bola, triangulação, ultrapassagem, infiltração ofensiva.

Acredito que esses são, sem dúvida, os principais problemas da Chapecoense, dentro das quatro linhas.

Esperamos que Kleina venha para fazer a diferença positiva, não é?

Então, mão à obra, pois cobranças logo, logo, não faltarão.

Avante Verdão.

Obs: O jogo de ontem contra o Galo mineiro foi exceção, o time lembrou os melhores momentos com treinador Mancini no comando técnico, em alguns jogos fora de casa. Na Arena Condá, desde o início do ano a Chape tem dificuldade para propor o jogo.



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