quarta-feira, 18 de setembro de 2013

AEROPORTO DE CHAPECÓ E EQUIPAMENTO ANTINEBLINA



Em Chapecó, a neblina ou cerração no outono e  inverno era coisa rara, rara mesmo.

Mas, nos últimos anos esse fenômeno físico está, cada vez mais, presente, muito presente, na Capital do Oeste de Santa Catarina, principalmente no outono e inverno. 

Esse fato, ocorrência desse fenômeno, coincide com o crescente nº de barragens, reservatórios de água, que foram construídos em rios da região, aumentando a água evaporada, ou seja, aumentando o vapor d 'água logo acima da superfície do solo. Com a brusca, repentina, queda de temperatura pela entrada de frentes frias vindas do Oceano, ocorre a condensação do vapor d'água, gerando gotículas de água na atmosfera, embaçando a visibilidade.

O Aeroporto de Chapecó está situado a 654 metros do nível do mar (altitude).

A neblina é um problema grave local, sendo responsável pelo fechamento do Aeroporto constantemente, por algumas horas/dia.

A questão tomou as manchetes da mídia nacional pelos transtornos que enfrentam as delegações de clubes que disputam o Campeonato Brasileiro da Série B, em face da falta de teto do Aeroporto de Chapecó, sempre que ocorre alguma mudança climática.

A Chapecoense já teve 3 jogos remarcados, nesses 2 últimos meses, em face de problema de teto do Aeroporto.

É urgente a mudança do status do Aeroporto de Chapecó, para permissão de pouso e decolagens por instrumentos.

Ou seja, é necessário que a INFRAERO, o quanto antes, implante sistema antineblina, mediante aquisição e colocação de instrumento, equipamento ILS-2 ou até ILS-3 (Instrument Landing System)  no Aeroporto de Chapecó.

Aos preços de maio/2013, o sistema antineblina teria custo de R$ 8,9 milhões.

Neblina é o termo coloquial para nevoeiro. 

Existe diferença entre neblina e névoa pela intensidade do fenômeno. 

Se a visibilidade horizontal no solo for inferior a 1 quilômetro - ou seja, quando a cerração é mais densa -, chamamos de neblina ou nevoeiro. Quando a visibilidade é superior a 1 quilômetro, estamos diante de uma névoa.

No caso de Chapecó, sempre que a visibilidade horizontal no solo é inferior a 550 metros provocada por neblina ou cerração, o seu Aeroporto fecha, não dá teto.

Mas esse problema pode ser reduzido com a instalação de sistema antineblina.

O ILS-2 permite  pouso e decolagem com visibilidade horizontal de até 350 metros e visibilidade vertical de até 100 pés, ou seja, 30 metros.

Já o ILS-3 permite pouso e decolagem com visibilidade horizontal de até 175 metros.

Claro, os pilotos das companhias aéreas nacionais precisam de treinamento específico para pouso e decolagem por instrumentos.

Portanto, no caso do Aeroporto de Chapecó a colocação do sistema contra neblina é mais que urgente!!!

9 comentários:

  1. Nelson se informe melhor, com esta neblina cerrada nem com o melhor aparelho do mundo se autorizam pousos no Brasil, tanto que pelo mesmo motivo se fecham os aeroportos de Porto Alegre e Curitiba.

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  2. Penso que vc não entendeu a matéria,pois os parâmetros estão claramente colocados. ehehhe

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  3. No Aeroporto Salgado Filho só agora, neste 2º semestre/2013, está previsto a instalação do sistema ILS-2.

    No período de 2005 a 2012, o Aeroporto de Porto Alegre ficou fechado por 755 horas, basicamente durante o período da manhã. Apenas os voos pela manhã são afetados pela neblina em Porto Alegre.

    Situação diversa do Aeroporto de Chapecó.

    O Aeroporto de Curitiba, por estar situação em área problemática (não própria para Aeroporto), há muito tempo já tem instalado o sistema ILS-3.

    Claro o sistema antineblina não é solução para toda intensidade de neblina, mais é primordial, pois só não permite pouso com visibilidade horizontal inferior a 175 metros, que é situação excepcional, rara.

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  4. Infelizmente, em face de politicagem, as obras sempre são feitas pela metade, e ainda com remendos. O aparelho ILS já deveria estar funcionando no Aeroporto de Chapecó, e não precisaríamos passar por esse desconforto em nível nacional. Cadê esses políticos estaduais e federais eleitos pela região do Oeste para agilizar a colocação do aparelho para pouso por instrumento no Aeroporto de Chapecó? Esse aeroporto de Chapecó é como mentira, tem perna curta, logo se fica sabendo da verdade. Fizeram o aeroporto numa canhada, no meio do vale, e não dotaram de condições, de infraestrutura mínimas para pouso por instrumentos. Isso beira irresponsabilidade.

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  5. Pelos registros de nível neblina, nos dias que o Aeroporto não deu teto, bastava ter o ILS nível 1 para pousar. Esses que estão falando que qualquer aparelho não resolve, ou não resolveria estão se manifestando sem saber, sem conhecimento.

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  6. Aeroporto de Joinville recebeu instrumento ILS. Reportagem:
    http://www.joinville.sc.gov.br/noticia/3505-ILS+para+Aeroporto+de+Joinville+deve+chegar+dia+4+de+fevereiro.html

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  7. ILS-2 permite até 100 pés ou 30 metros e não 30 pés como vc escreveu, também a Infraero não te nada haver com Chapecó, quem administra o aeroporto é a prefeitura. Falar em um ILS -2 ou 3 é sonhar demais, só agora que POA esta instalando um ILS-2, Londrina que sofreu a anos com fechamento recém colocou um ILS-1 e acompanhei os fechamentos este ano e digo que 95% resolveria com ILS-1 e os casos dos dias que deu problema com as delegações 100%. O valor que Joinville pagou foi em torno de R$ 3 milhõesPor um ILS-1. Acho que a prefeitura esta perdendo tempo pois poderia aproveitar mais da liberação do plano de modernização dos aeroportos do governo federal.

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  8. Marcos Campanholo:

    Realmente, de forma inadvertida, ocorreu essa inversão de dados quanto à capacidade do ILS-2. Já corrigi o texto do post. Obrigado pela participação.

    O ILS-2, como vc frisou, permite pouso com visibilidade vertical de até 100 pés, equivalente a 30 metros.

    O ILS-1, por ter menor capacidade, permite pouso com visibilidade vertical de até 200 pés, ou seja, 60 metros.

    Ainda, como vc disse, se o Aeroporto de Chapecó tivesse, pelo menos o ISL-1 instalado, não teria nenhum adiamento dos jogos da Chapecoense, pois nos dias que o Aeroporto fechou, a visibilidade vertical era superior a 300 pés. O sistema ILS-1 seria suficiente e com folga.

    Como o plano federal de modernização dos Aeroportos ainda está em curso, e a Arena Condá poderá, em tese, ser utilizada para treinamento de seleções na Copa do Mundo de 2014, acredito que a Prefeitura de Chapecó deve, ainda, apresentar um projeto para instalação de equipamento antineblina. Não é necessário mexer na largura da pista e no comprimento da pista que estão OK.

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  9. A Infraero já tinha que estar administrando esse aeroporto faz tempo, abrange mais de um milhão de pessoas de outras cidades e estados e é a prefeitura que cuida ainda.
    Também concordo que deputados devem se mobilizar e conseguir recursos pra instalarem logo este equipamento.

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